Dias atrás fomos apresentados ao novo logo do Google que se visualmente não apresenta uma diferença drástica em relação ao anterior teve uma redução considerável em termos de tamanho. Antes a versão do logo ocupava cerca de 14 mil bytes e agora ocupa apenas 305 bytes. Ok, mas e daí? Com isso uma das páginas mais acessadas do mundo, a home do buscador, poderá ser carregada de uma maneira muito mais rápida! Lendo sobre essa notícia pensei: cara que ideia simples e ao mesmo tempo genial! Outras soluções poderiam ser dadas para tornar o acesso mais rápido como uso de novas tecnologias ou novos algoritmos, mas provavelmente nenhuma mais barata e simples como essa. Ao mesmo tempo também levantei uma questão: será que no nosso dia-a-dia pessoal e profissional buscamos a solução ideal ou apenas usamos a que está mais na moda? Será que somos educados da forma apropriada para resolver problemas?
Resolvemos problemas a todo o tempo. Alguns mais triviais e outros nem tanto. Esses últimos, os problemas complexos acabam por consumir nossas energias diárias. Uma forma de resolver problemas complexos e conseguir soluções simples e eficientes, como do exemplo da Google, é utilizar uma técnica também utilizada para escrever algoritmos computacionais: a técnica top-down de resolução de problemas.
O que é essa técnica top-down? A técnica top-down consiste em resolver problemas complexos pensando-os como uma coleção de problemas simples. É como se fosse a fatoração de um único problema em uma série de problemas mais simples. Sempre que se tenha algum problema que parece ser de difícil solução é prudente questionar: qual é realmente o problema que deve ser resolvido? Entender o problema e buscar novas informações são passos para obter uma série de microproblemas que compõe o problema principal, que é o objetivo da técnica top-down. Esses problemas fazem parte do conjunto de problemas que apresentam soluções simples e ideais e com essa coleção de soluções simples e ideias a melhor solução para um problema complexo poderá ser alcançada.
O grande problema é que na prática poucas pessoas acabam utilizando dessa forma de raciocínio para lidar com problemas. O motivo? O uso de soluções já prontas e por vezes mirabolantes que, na maioria das vezes, não são as melhores. Parecemos estar vivendo na época da epidemia de preguiça intelectual. Informações volumosas e rápidas nos tornam cada vez mais meros receptores sem critério. Resolver problemas da forma abordada aqui pode não ser a mais fácil, porém a genialidade das coisas está em como as tornamos simples. E você, topa o desafio?