jogos

O futuro dos games

pokemon-goRecentemente o CEO da Konami, Hideki Hayakawa, afirmou em uma entrevista que o futuro dos games estará nos jogos de celular.  Em paralelo a isso vemos famosas produtoras de jogos, principalmente do Oriente, com cada vez menos títulos. Estamos vivendo uma crise no mundo dos games ou uma mudança de mercado?

Na minha opinião trata-se de uma mudança do mercado de games. Segundo relatório da Global Games até 2017,  60% do faturamento da indústria será obtido pelos jogos lançados para o celular. Provavelmente esse faturamento não será de grandes produções. Em 2014, a lista top 5 de games mais baixados para o Android no Brasil era composta por jogos simples como: Pou e My Talking Tom.

O que todos esses indicadores podem estar nos dizendo? Para mim, duas coisas: a portabilidade dos games para a plataforma móvel dos celulares e tablets bem como uma descentralização da indústria de games, antes formada por gigantes, mas agora também por várias pequenas e médias empresas. Em relação a portabilidade empresas como a Sega, Capcom e Konami já parecem concentrar a maior parte dos seus esforços em games para a plataforma móvel. A Nintendo, por sua vez, dizem estar trabalhando em um plataforma própria de games, e anunciou recentemente com um grande estardalhaço o jogo Pokemon GO que, pelo menos no vídeo promocional, promete uma revolução quanto a uso da realidade virtual em jogos para celulares. Em relação a descentralização da indústria acho que apenas o tempo dirá se será boa por promover maior diversidade e originalidade ou ruim por produção de muitos jogos, mas com a maioria de qualidade duvidosa.

Com tudo isso os videogames do futuro sairão de nossas salas e quartos para estarem em nossos bolsos? O que vocês acham? Comentem!

Abraços e aqui o link do vídeo promocional do jogo Pokemon GO, para quem ficou curioso e ainda não viu.

Fontes:

http://www.mobilegamer.com.br/2015/05/konami-o-futuro-dos-games-esta-nos-jogos-de-celular.html

http://www.arnolds.com.br/crise-da-nintendo-e-das-produtoras-de-games-japonesas/

http://www.tecmundo.com.br/video-game-e-jogos/58852-celulares-industria-games-chegar-us-100-bilhoes-2017.htm

http://g1.globo.com/tecnologia/games/noticia/2014/12/jogos-simples-sao-os-mais-baixados-para-celular-no-brasil-em-2014-veja.html

http://www.engadget.com/2015/09/10/pokemon-go-android-ios-niantic/

Um concerto em comemoração aos 20 anos de Chrono Trigger

Hoje faremos um post um pouco diferente do padrão que vocês estão acostumados.  Invés de discutirmos sobre algum assunto vou presenteá-los com vídeos de um ótimo evento que fui na semana passada na Unesp e ainda gratuito: um concerto do game Chrono Trigger em comemoração aos 20 anos de seu lançamento.

E por que um concerto para comemorar os 20 anos do game? Mesmo com a limitação dos chips da época os compositores conseguiram criar uma verdadeira obra de arte que é considerada até os dias de hoje como uma das melhores trilhas sonoras de games de todos os tempos. Naquele tempo os produtores faziam realmente mágica com todas as limitações e davam alma aos seus jogos o que, para mim, é bem raro nos jogos atuais. Bom, vamos deixar de blá blá blá e curtir esse show nostálgico.

Um agradecimento em especial aos amigos Thiago Emílio e Luciano Torquato por esses vídeos.

Games eletrônicos no mundo real: uma experiência no Escape60

Parte do sucesso alcançado pela indústria dos games se explica pela experiência proporcionada ao jogador na simulação de sensações do mundo real em um mundo virtual no conforto de seu lar ou mesmo em qualquer lugar com os videogames portáteis e mais recentemente pelo smartphones. Ainda não tão popular, há também o exemplo do inverso: quando o mundo dos games invadem o real.

Para falar sobre isso vou compartilhar com vocês um pouco da minha experiência ao participar do Escape60. Para quem ainda não conhece, o Escape60 é um jogo em equipe onde os participantes são trancados em uma sala (são várias salas com diferentes temas) com desafio de sair em até uma hora. Para atingir esse objetivo, é necessário resolver vários enigmas e desafios. Tentando não revelar nenhum spoiler (rs) compartilho com vocês o que mais agradou ao ir (e vencer) no Escape 60:

1) Clima de mistério e desafio

Gamers mais antigos irão se lembrar de vários jogos em que não tinham a mínima ideia do que fazer, como fazer e porque fazer.  Os jogos atuais, exceção para poucos exemplos, quase que apertam o botão para você e, com isso, a experiência é reduzida.  No Escape60 o que você tem no início é o próprio objetivo: sair da sala.  E só isso. São vários elementos apresentados de uma vez ao entrar na sala o que leva uns participantes ao passarem alguns minutos tentando avaliar o que está acontecendo e outros a saírem “apertando todos os botões possíveis” ou seja, tentarem de tudo dentro da sala.

2) Interação entre a equipe

O que “dá mais replay” nos jogos atuais é o jogo online. Jogar com outras pessoas ao redor do mundo, principalmente com seus amigos, e juntar as habilidades e características de cada um deixam o jogo mais agradável e com chance maior de sucesso.  Vivenciamos isso também no Escape60. Cada um com suas habilidades, ora mais matemática, ora mais prática, ora mais intuitiva, todas fundamentais e que juntas foram a razão para concluirmos o desafio.

3) O tempo

Presente em vários jogos, o tempo é ao mesmo algo que permite ao jogador ajustar o seu ritmo como também se torna um adversário psicológico poderoso a medida que se aproxima do final. O contador regressivo parecia se tornar cada vez maior conforme o tempo passava e ainda estávamos nos primeiros enigmas.

4) Objetivos intermediários

Como explicado no próprio site do Escape60, para sair da sala é necessário:

decifrar códigos, achar itens escondidos, resolver enigmas

São vários objetivos intermediários que conforme são completados, dão a sensação de evolução dentro do jogo, como se uma fase fosse concluída rumo ao desafio final.

5) O “chefe” final

O chefão acaba sendo o objetivo do Escape60: escapar da sala. Tudo o que foi conquistado até então como os enigmas decifrados, os itens achados, nada importava se a equipe não conseguisse resolver o desafio final para sair da sala. Conseguimos nos minutos finais o que proporcionou mais emoção e uma comemoração ainda maior.

Minha opinião? Vale muito a pena! E que tenhamos novos games eletrônicos em nosso mundo real para uma experiência mais humana, bem como mais divertida.

Abraços e até o próximo post.