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Gestão de projetos 2.0

A realização de uma gestão de projetos eficaz se faz, entre outras coisas, pelo uso de várias técnicas e ferramentas. A Web 2.0 possui ferramentas que, se adequadamente exploradas, podem trazer grandes ganhos em várias áreas de conhecimento do projeto. O termo Gestão de projetos 2.0 origina-se justamente pelo uso dessas ferramentas.

Fóruns de discussão, compartilhamento, blogs, microblogs, wikis, mashups, perfil, comunidades, redes sociais, ferramentas que utilizamos, pelo menos uma delas, todos os dias em nossa vida pessoal. Elas mudaram e estão mudando a forma pela qual nos relacionamos e a forma pela qual consumimos informações. Percebemos também essa mudança cada vez mais no mundo profissional: blogs da presidência, comunidades de eventos da empresa, etc. e porque não, ferramentas de gerenciamento de projetos? E como elas poderiam ser úteis? Abaixo exemplifico algumas das possíveis formas de uso:

Fórum de discussão: pode ser utilizado para tratar dúvidas do projeto, procurando trazer o entendimento comum a equipe. Sua característica colaborativa proporciona também o surgimento de soluções em grupo. Particularmente, pode ser útil nos processos de planejamento do projeto.

Comunidade: caracterizada por possuir um único tema central, no caso, o próprio projeto. Pode ser útil na reunião de todos os stakeholders em único local, proporcionando um meio de integração, de comunicação, compartilhamento de conhecimento e de mobilização da equipe do projeto.

Redes Sociais: em um perfil de uma rede social declaramos nossos hobbies, interesses, e mais profissionalmente, nossas habilidades e conhecimento. Sendo assim, uma coleção de perfis profissionais pode ser útil para que o gerente de projetos encontre pessoas com habilidades inerentes ao projeto. A rede social também é caracterizada pelo relacionamento entre as pessoas e de seus perfis na rede, podendo assim ser utilizada como um modo de construção do clima de equipe e, até mesmo, de feedbacks rápidos e curtos para com a equipe.

Esses exemplos mostram apenas algumas formas de uso. E inegável que as ferramentas de mídias sociais podem trazer ganhos, promovendo uma gestão mais colaborativa e adaptada a cultura e comportamento das novas gerações. Mas é importante lembrar que a mídias sociais são ferramentas, e ferramentas são apenas um meio. Sua implantação deve ser planejada, desenvolvida e monitorada, como em qualquer projeto, para que o objetivo para o qual foi determinado seja alcançado com sucesso.

Link de meu artigo sobre o assunto, como conclusão do MBA: USO DE MÍDIAS SOCIAIS COMO FERRAMENTA NA GESTÃO DE PROJETOS EM DEPARTAMENTOS DE DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS

Contratamos um Gerente de projetos! Que conheça Java, Mainframe, PHP, SAP, CRM e que seja mestre em todas as técnicas e artes milenares de combate…

fonte imagem: http://www.cbsnews.com/news/3-reasons-multitasking-is-still-a-valuable-business-skill/

Cada vez é mais comum encontrarmos vagas que exigem que o profissional de TI tenha um portfólio de conhecimentos enorme que envolve, muitas vezes, conhecimentos não correlatos. Isso é errado? Não. Há diferentes tipos de profissionais e para estes diferentes tipos de vagas. Porém, o que não é tão correto é a conclusão de que para ser um profissional de gestão você tenha de ser, obrigatoriamente, um especialista naquilo em que você irá gerenciar e esses exemplos são cada vez mais comuns.

Imaginem um seguinte cenário: uma empresa abre uma vaga de gestão de projetos e exige que o profissional tenha conhecimento especialista e comprovado em técnicas Java.

O que provavelmente o recrutador espera: um profissional integrador, líder e comunicador que planeje, execute, controle o que foi planejado e entregue o resultado final respeitando todas as restrições e premissas estabelecidas.

O que provavelmente ele irá recrutar buscando esse perfil: um profissional técnico que atenderá muito bem todas as pendências técnicas do projeto, planejando as entregas técnicas de seus desenvolvedores e cobrando-as quando o Project avisar que a data de entrega chegou..

Resultado esperado: o profissional entregará o produto como foi especificado tecnicamente, mais as expectativas de qualidade, satisfação do cliente final, prazo e custo muitas vezes não serão as esperadas. Culpa do profissional? Não. Lembram-se da velha frase de que um bom técnico não é necessariamente um bom gestor?

Que tipos de erros foram cometidos na seleção deste profissional? Abaixo listo alguns deles:

Erro número 1

Concluir que o profissional não pode realizar a gestão de algo que ele não conhece. Errado! Isto pode ser resolvido pelo uso adequado de dois elementos importantíssimos no gerenciamento de um projeto: os ativos organizacionais e os fatores ambientais. O uso dos ativos e fatores ambientais darão o conhecimento e a opinião especializada necessários para o planejamento ou, pelo menos, para o início dele. Qual melhor entrada para um planejamento do que a própria equipe envolvida no trabalho?

Erro número 2

Contratar o profissional pela sua especialização técnica. Contratando o profissional mais do que pelo seu conhecimento técnico do que em sua experiência em gestão traz um risco a empresa. E se a estratégia não for mais pelo uso de uma tecnologia específica? Demitimos e contratamos novos recursos que sejam especialistas na nova tecnologia? Ciclo sem fim!

Erro número 3

Qualquer um pode ser gerente de projetos, basta apenas cobrar a entrega de acordo com o que foi planejado! Errado. Gestão de projetos é muito mais do que cobrar. Gestão é integrar todos os componentes de um projeto em unidade coesa. Gestão é liderar e manter sua equipe motivada. Sucesso em um projeto não se define apenas em determinar se foi ou não cumprido o prazo. Sucesso é definido em atingir todos os objetivos planejados para a qualidade, custo, escopo, satisfação do cliente e.. prazo. Gerenciar não é apenas cobrar, gerenciar é planejar, controlar os desvios guiando tudo e todos para os objetivos que estão atualmente definidos.

E erro número 4 (Pós-seleção): uma provável demissão – infelizmente – de um ótimo técnico que não atendeu as expectativas de gestão.

Bom, então você está me dizendo que um gerente não pode ter conhecimento técnico?! Não. Conhecimento técnico ajuda sim! Ele fará parte, junto com o conhecimento de todos os envolvidos/equipe, de uma entrada importante para a realização do planejamento.

A questão discutida aqui é que a exigência técnica não é ou não deva ser um critério exigido para a contratação de profissionais para gestão de projetos. Os motivos? Alguns deles foram citados acima.

A diferença entre “ser” e “estar” gerente de projetos

 Boa noite caros leitores e seguidores! Depois de muitooooooooooooooooooooooooooooooooooo e muitooo tempo estamos de volta. Os compromissos assumidos e o MBA me afastaram do blog durante os últimos meses. Neste momento, porém, creio ser oportuno voltar para, com os Srs, compartilhar, explorar e aprender sobre assuntos de tecnologia e afins, neste blog que ajudei a fundar e que tanto gosto.

Bom… de diversos assuntos para a qual eu poderia escrever hoje, resolvi escolher algo relacionado ao tema gerência de projetos. Sim, este tema já pode estar bastante saturado para alguns. Porém a intenção neste post não é discutir conceitos e sim uma situação atualmente bastante comum e que está provocando certa dúvida, confusão e até mesma a frustração de alguns “gerentes de projetos”.

O que iremos discutir neste post são as diferenças entre “ser gerente de projetos” e o “estar gerente de projetos”.
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