Anteriormente foram apresentados alguns conceitos sobre o uso da redutibilidade e abstração para resolução de problemas. Agora, será apresentado um conjunto de objetos que é largamente utilizado para resolver uma série enorme de problemas nos mais diversos campos do conhecimento: Grafos.Formalmente podemos definir um grafo como um par ordenado (V,A), onde V e A são conjuntos disjuntos, e cada elemento de A corresponde a um par não-ordenado de elementos (não necessariamente distintos) de V. Os elementos do conjunto V são chamados vértices e os elementos do conjunto A são chamados arestas.
Quando uma aresta a corresponde a um par {u, v} de vértices, denotamos isso escrevendo a = {u, v}. Também escrevemos simplesmente uv para nos referirmos a uma tal aresta, quando não há perigo de confusão
Se G é um grafo, então também denotamos o seu conjunto de vértices por V (G), e o seu conjunto de arestas por A(G). Assim, tendo o nome de um grafo, ainda que os nomes do seu conjunto de vértices e do seu conjunto de arestas não sejam explicitados, podemos sempre nos referir a esses objetos.
É considerado que a primeira menção formal aos grafos foi feita por Leonhard Euler em 1736 e tratava sobre o problema das Sete Pontes de Königsberg:
O problema é baseado na cidade de Königsberg (território da Prússia até 1945, atual Kaliningrado, na Rússia), que é cortada pelo Rio Pregolia, onde há duas grandes ilhas que, juntas, formam um complexo que na época continha sete pontes, conforme mostra a figura ao lado.
Discutia-se nas ruas da cidade a possibilidade de atravessar todas as pontes sem repetir nenhuma. Havia-se tornado uma lenda popular a possibilidade da façanha quando Euler, em 1736, provou que não existia caminho que possibilitasse tais restrições.
Euler usou um raciocínio muito simples. Transformou os caminhos em retas e suas intersecções em pontos, criando possivelmente o primeiro grafo da história. Então percebeu que só seria possível atravessar o caminho inteiro passando uma única vez em cada ponte se houvesse exatamente zero ou dois pontos de onde saísse um número ímpar de caminhos. A razão de tal coisa é que de cada ponto deve haver um número par de caminhos, pois será preciso um caminho para “entrar” e outro para “sair”. Os dois pontos com caminhos ímpares referem-se ao início e ao final do percurso, pois estes não precisam de um para entrar e um para sair, respectivamente. Se não houverem pontos com número ímpar de caminhos, pode-se (e deve-se) iniciar e terminar o trajeto no mesmo ponto, podendo esse ser qualquer ponto do grafo. Isso não é possível quando temos dois pontos com números ímpares de caminhos, sendo obrigatoriamente um o início e outro o fim.Este resultado também é considerado um dos primeiros resultados topológicos na geometria, o que demonstra que, desde o principio, a utilização de grafos está estreitamente relacionada à abstração para resolução de outros problemas.
Em breve um pouco mais de grafo para vocês. Aguardem!
“Como mostra a imagem ao lado.”
ta parecendo que vc copiou de um livro, algo do genero, sem falar que a imagem está em baixo. consegue arrumar isso depois de publicado o artigo?
abraço emo!
GostarGostar
Eu comecei a editar esse artigo no word e lá a figura estava ao lado. Preguiça de me logar e arrumar o texto… depois eu faço isso.
GostarGostar